O XINA11 parece ser uma boa opção de investimento, mas será que realmente é? Descubra a verdade no nosso post de hoje!
O mercado chinês é um dos mais abrangentes e os especialistas do FMI preveem que a China se tornará a maior economia do mundo em 2030.
Com isso, não é surpresa ver diversos investidores interessados no mercado chinês.
Entretanto, antes de se tornar cotista de ações ou de comprar ativos orientados ao mercado chinês, é preciso entender o que eles são na prática.
No post de hoje, você entenderá um pouco melhor o que é o XINA11.
O potencial do mercado chinês
A China cresce, em média, 10% ao ano. Então, ter parte de seus investimentos atrelados ao mercado chinês é uma boa ideia.
Com a previsão de se tornar a maior economia do mundo em 2030, quem possuir uma parcela desse mercado terá boas oportunidades de ganhos.
O setor de maior peso na China é o de consumo discricionário, que compõe mais de 30% do índice financeiro chinês.
Logo em seguida vêm os setores de telecomunicações, financeiro e de saúde.
Por isso, se você está pensando em investir no mercado chinês, é bem provável que já tenha encontrado um ETF chamado XINA11, lançado em Dezembro de 2020.
Desde então, ele se popularizou como a principal opção para investir na China.
Porém, antes de investir, é necessário conhecer melhor esse ETF e entender se ele realmente vale a pena.
Explicando o XINA11
O XINA11 é um ETF nacional que segue o índice MSCI China, principal indicador do mercado financeiro chinês.
São mais de 700 empresas de capital aberto neste ETF gerido pela XP Asset Management.
Então, teoricamente, ao investir no XINA11, o investidor estaria diversificando sua carteira em uma grande quantidade de empresas chinesas.
As maiores empresas desse ETF são:
- Alibaba Group: conhecida como a Amazon Chinesa, atua no varejo online, formas de pagamento, entre outros, e tem um valor de mercado de quase 1 trilhão de dólares;
- Tencent Holdings: atua em diversas frentes tecnológicas, como portais, mídias sociais, aplicativos e música;
- Meituan Diaping: opera uma plataforma online de produtos e serviços locais.
Entretanto, o XINA11 tem um detalhe que ninguém te conta. Ao invés de investir diretamente nas empresas chinesas, ele investe em outro ETF.
Devo ou não investir no XINA11?
A real carteira do XINA11
Na realidade, o XINA11 é um ETF que compra cotas de um outro ETF dos Estados Unidos, o MCHI.
Este, por sua vez, compra as ações da China, refletindo o MSCI China.
Não se deve confundir as duas coisas.
- MSCI: principal índice chinês do mercado financeiro
- MCHI: ETF negociado na NASDAQ, bolsa de valores dos Estados Unidos
Para explicar melhor, o MCHI é um ETF dos Estados Unidos que compra ações de empresas da China, como as citadas anteriormente.
Este ETF é de livre negociação, o que significa que qualquer pessoa pode fazer a compra de suas cotas.
Então, o que acontece é que o XINA11 usa o dinheiro arrecadado com os investidores para comprar cotas do MCHI.
Com essas cotas, o ETF opera e distribui os lucros. Entretanto, não é uma opção muito viável, e você entenderá por que logo a seguir.
Taxa de administração
O XINA11 tem uma taxa de administração de 0,30% ao ano. Porém, como ele compra cotas de outro ETF, também estará sujeito à taxa de administração desse.
A taxa do MCHI é de 0,59% ao ano. Isso significa que, ao investir no XINA11, você teria que arcar com ambas as taxas de administração.
Isso é inviável, já que o MCHI também está disponível para negociação direta na bolsa de valores dos Estados Unidos.
Qualquer brasileiro pode abrir uma conta nas corretoras de valores dos EUA e fazer a compra do MCHI diretamente.
Vale a pena investir no XINA11?
Devido a tudo que você leu aqui, já ficou claro que o XINA11 não vale tanto a pena, se seu objetivo for somente a exposição ao mercado chines. Claro existem objetivos tributários as vezes em manter o capital no Brasil e isso deve ser levado em conta no planejamento de exposição.
Além de fazer uma espécie de “revenda” de ações, o XINA11 possui duas taxas de administração, sendo uma delas escondida dentro da natureza do ETF.
Se você tem interesse no mercado chinês, a melhor opção é investir diretamente no MCHI, nos Estados Unidos, abrindo uma conta em uma corretora de lá.
Assim, você pode aproveitar os lucros sem ter o desconto de duas taxas de administração.
Além disso, o tratamento da negociação e a prestação de contas fica mais direta, sem a necessidade de passar por terceiros.